domingo, 6 de março de 2011

Uma resposta

Um pouco mais de um mês depois, acho que estou escrevendo uma resposta do meu texto de baixo.

Um dia, eu bem chateada com a vida, fui desabafar com a minha mãe, falando que sabia que eu tinha que ficar quieta na minha. Mas essa é um grande problema, meu. Como eu disse no texto abaixo, eu prefiro tentar e me ferrar do que não tentar. Bom, como eu ia dizendo, eu desabafei dizendo que sabia que tinha que aguentar calada, mas não sabia se ia conseguir.
Ela se despediu de mim aquele dia dizendo pra eu aguentar firme na minha, ficar quietinha que uma hora a resposta viria. Dez minutos depois, eu estava envolvida num acidente de carro com capotamento e tudo, o que nos faz pensar como são fúteis as nossas lamentações as vezes.

Eu resolvi que realmente ficar quieta era a melhor solução. E mesmo com essa decisão, eu me sentia muito, mas muito frustrada, por que na real, não era isso que eu queria.
Eu queria agir na impulsividade, bater de frente, não me humilhar, mas queria agir. A falta de ação, essa inercia me deixava muito frustrada.

Mas como a gente aprende com os próprios erros, entre agir e me machucar e não agir e me sentir frustrada, porém inteira, escolhi a segunda opção.
Foram meses a fio de treino para conseguir sustentar isso. Mas no final, acaba sendo fácil, só precisa de dois ou três dias para a vida voltar ao normal.
O ruim até então era aguentar a sensação de frustração. Mas eu sabia que um dia passaria, sempre passa no final.

Mas como mamãe sempre tem razão, a resposta veio, sem eu chamar ou esperar. Sentei e descarreguei toda a frustação de dias, meses e anos.
Não tinha nada a perder, falei mais até do que acho que devia, mas falei. Dei um intimato e não to esperando resposta.

Eu to dando a história como terminada, mas dessa vez eu não me sinto frustada por não agir. Não sobrou nada pra eu falar, então to tranquila.

E quem sabe até, feliz.

Um comentário:

  1. A resposta é libertadora, nos liberta da dúvida constante.

    Espero que tudo fique bem.

    Beijo!

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