Sexta-feira, depois do trabalho, minha família estava viajando por causa do feriado e eu, sozinha em casa, resolvi mudar de rota pra comprar um sapatinho bonitinho que tinha visto em uma loja perto de casa. Como era no caminho da minha casa, mudei meu roteiro para poder ir lá.
Comprei o tênis, andei umas boas quadras para poder chegar em um ponto menos cheio e fiquei esperando o ônibus. E pior que era daqueles ônibus que demoram 10 anos pra chegar, e era uma sexta feira véspera de feriado, sinônimo de cidade travada por causa do trânsito.
Quando o ônibus finalmente apareceu, o motorista resolveu abrir a porta fora do ponto. E eu sabia que se não fosse até o ônibus, ele fecharia a porta, desviaria e iria embora, ele não pararia no ponto.
Aí que eu resolvi correr até ele. Pior decisão da minha vida. Eu tenho mania de andar pulando, esqueci que tenho 24 e não 14 anos, resolvi pular da calçada pra rua e pisei errado. Meu sapato, que era uma rasteirinha, daquela bem molinhas não segurou e acabou torcendo o tornozelo. Mas torceu forte o suficiente para romper dois ligamentos.
Até esse momento, eu não sabia disso, claro. Só sabia que alguma coisa muito ruim tinha acontecido por que eu não conseguia colocar o pé no chão de dor. Alguns santos que estavam na rua me ajudar e me carregaram até uma loja e arranjaram uma cadeira para sentar.
Só que né, minha família estava em Itu e minhas tias moram do outro lado da cidade. "Como eu vou pro hospital?!?". Liguei pra minha amiga que mora mais perto, pra ver se ela poderia me socorrer, mas como ela ia demorar muito e meu tornozelo tava muuuuuito inchado, resolveram chamar o SAMU (aka. resgate).
E esse foi o dia que eu andei de SAMU (leia-se, uma ambulância) por causa de um tornozelo torcido.
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