Mais um queda. Queda? Acho que foi mais um baque. Aliás, nem foi um baque, está mais pra tropeção.
Só sei que acordei meio de ressaca hoje, pensando demais o que não estava a fim. E sei que vou continuar pensando por um bom tempo até simplesmente deixar pra lá. E é uma coisa que realmente não estava a fim.
E escrever me faz muito bem. Colocar pra fora o que tá pertubando meus pensamentos faz eu parar de pensar naquilo.
E ontem eu escrevi, escrevi muito. Foi um dos textos mais lindos que eu já escrevi na vida.
Coloquei nele tudo que eu estava sentindo, tudo que eu queria falar. Toda frustação de meses, justificativa, pedido de desculpa.
Era um e-mail, e não sabia se mandava ou não, por que eu criei uma casca, eu acho. Aí tinha um anjinho e um diabinho na minha cabeça. Um dizendo pra eu me arriscar e mandar, outro dizendo pra não mandar por que ia dar meda. Alias, chega ser até engraçado, por que o anjinho é totalmente emocional, o diabinho totalmente racional.
Acabei ouvindo o diabinho, por que pra variar ele tinha muita razão (literalmente minha razão gritou dessa vez) e o e-mail está lá, guardado, mais um rascunho da vida.
Quem sabe um dia eu mande. Ou não.
A vida é uma roda, não dá pra negar.
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